Atuando na área de arquitetura e interiores de Londrina, a arquiteta Juliana Mussi fala sobre as tendências e do papel do arquiteto em facilitar a vida e o resultado final da obra do seu cliente. Confira a entrevista:
O conceito de sustentabilidade já faz parte do cotidiano tanto dos arquitetos quanto dos clientes. É comum ouvir comentários e pedidos para a utilização de materiais e recursos que remetem a esse conceito. Na sua opinião, até onde vai essa tendência? Quais as vantagens e dificuldades que ela traz para os profissionais de arquitetura e decoração e quais os reais benefícios que ela traz para o meio ambiente?
Sustentabilidade na arquitetura e construção civil é uma conscientização do profissional como cidadão, da responsabilidade com o meio ambiente. Claro que esse tipo de atitude requer mais cuidado nas escolhas e conseqüentemente demanda mais trabalho. Neste sentido, a parceria com a empresa Projeto Natural, que tem essa preocupação e cuidado com o meio ambiente, realmente é uma escolha consciente. Além da qualidade dos produtos pode-se saber a sua origem, forma de retirada e todo o procedimento responsável do manejo do meio ambiente.
Dentre os materiais ecologicamente corretos, a madeira vem ganhando destaque e sua utilização ganha novas opções a cada dia. Em seus projetos, qual a forma mais utilizada deste material? Há alguma ainda não explorada?
A madeira sempre foi e será muito utilizada por nós arquitetos, pois é um material que tem qualidades térmicas e acústicas, quando na forma de pisos e revestimentos e muito maleável para utilização na movelaria. Proporciona várias possibilidades de projetos, com vários estilos para todo tipo de residência e comércio.
As informações sobre o mercado da arquitetura estão ao alcance dos clientes e com isso muitos deles se sentem à vontade para dar opinião nos projetos dos profissionais. Como conciliar a opinião de um cliente, que nem sempre se adequa ao projeto da melhor maneira, com o papel do arquiteto, que tem a obrigação de obter o melhor resultado na obra final?
Hoje em dia temos muitas opções para oferecer ao cliente, e dentro dessas escolhas sempre existe uma que agrada a ambos, cliente e profissional. No entanto quando o cliente nos sugere algum tipo de revestimento, ou mesmo, objeto de decoração que não é compatível com a proposta do projeto, com argumentação correta e coerente, chega-se a conclusão que aquela escolha não traria o resultado esperado para a obra final.
Com relação à disponibilidade de empresas para especificar ao cliente. Como você vê o mercado de Londrina? Você costuma especificar empresas de fora? Como é essa relação com o mercado? O que o profissional de arquitetura espera e o que pode oferecer em troca?
Eu atuei em São Paulo e vejo Londrina como um grande centro, com muito potencial. No entanto a única diferença é que, na minha opinião, falta uma maior divulgação dos produtos das empresas da região, como por exemplo, a Projeto Natural tem feito, participando de mostras de decoração, vários tipos de mídias e junto aos profissionais da construção, mostrando o diferencial do seus produtos.